A série revivendo boas histórias da estrada continua neste mês de fevereiro. O Bahia na Lupa rememora reportagens antigas de alguns roteiros de viagem por nosso imenso território baiano. Gente, lugares, comidas, costumes…
Moreré, uma porção surreal da beleza do planeta terra. O ‘Caribe Baiano’! Se você sempre desejou saber a personificação do paraíso e ainda não se contentou com as amostras dadas na série especial ‘O paraíso Boipeba’, neste último capítulo o Pé na Estrada lhe traz essa comprovação. Moreré é a praia de Boipeba que faz o visitante se desplugar, desapegar de toda a vida urbana e suas esquisitices estressantes. É um refúgio de beleza, simplicidade e paz.
Não é a toa que o lugar é carinhosamente chamado por turistas de o “Caribe Baiano”. As águas azul turquesa do mar que banha essa porção da ilha são de encantar. Entrar nelas é um ultimato, sair um desaforo à natureza.
No desembocar da vila de pescadores, as sombras de frondosas árvores dispensam sombreiros ou o aconchego de bares e pousadas. Há quem durma, faça piquenique ou simplesmente contemple a beleza do mar de uma dessas guaridas.
Chegar em Moreré é uma aventura a parte. Há três formas, todas elas sedutoras. A primeira, e mais fácil, é pegar uma lancha no porto de Boipeba. É rápido, contempla-se a beleza das praias do Porto da Barra, Tassimirim e Cueira. A segunda, à pé. Pela praia e por trilhas, passando pelo mesmo trajeto da lancha. Mais lento, claro, mas dá para curtir mais detalhadamente os cartões postais.
A terceira opção de trajeto é o mais ‘radical’, para quem curte ecoturismo. Pela Matança, lugarejo da sede de Boipeba, chega-se à estação dos tratores. Esses veículos levam dezenas de turistas à Moreré, pelas dunas, com o custo de R$ 10 por pessoa. O trajeto leva pouco mais que 20 minutos.
A paisagem é deslumbrante. Fora a emoção quando dois tratores se cruzam na apertada trilha no areal. Os hábeis condutores, nativos locais, dão emoção ao trajeto.
Em Moreré, dos seus coqueirais declinados em vênia ao belo mar, da mata beirando as ondas da praia, há lugares meio desertos, onde casais se namoram dentro d’água, onde amigos e familiares se confraternizam.
Seja ao som do violão, regado à água de coco, ou no brinde de uma cervejinha bem gelada, o lugar é gigante em beleza e esplendor. Voltar para casa é um martírio. Dá dó deixar aquele lugar.
Veja todas as matérias da Série Especial e as Crônicas de Verão em Boipeba:
Série ‘O paraíso Boipeba’: A aventura até chegar ao refúgio
Série ‘O paraíso Boipeba’: Trilha, suor e a beleza da Cueira
Série ‘O paraíso Boipeba’: De Maria Pomponha ao Mirante do Divino