Pontos que referenciam. Traços finos que dão vida, artística, à pluralidade identitária de Salvador, a Cidade da Bahia. Assim é a arte em preto e branco de Elano Passos. Artista plástico soteropolitano, ele faz do nanquim um revelador inconteste do cotidiano do povo baiano. Seus costumes, suas obras, sua raiz. Ao Bahia na Lupa, Elano fala de inspiração, desafios e de onde vem sua veia artística. Acompanhe abaixo a entrevista e uma seleção de imagens que compõem a obra do artista…
Elano, de onde vem sua arte? Quando ‘nasceram’ seus primeiros traços?
A arte vem da espontaneidade, do simples fato de querer criar. E foi assim que surgiram os primeiros traços, desenhando numa noite com meu filho. Apesar de ser designer há algum tempo, nunca pratiquei o desenho manual como profissão, as coisas foram acontecendo e hoje já tenho uma linha consolidada.
Qual seu maior desafio: contextualizar a essência da vida em traços ou, a partir dos seus traços, ressignificar a existência das coisas que você retrata?
Toda arte é desafiadora, seja complexa ou simples. No meu caso, a simplicidade me encanta e por isso torna-se um desafio ainda maior por querer atender as minhas vontades artísticas e entender como traduzí-las.
Suas criações exalam simplicidade, mas ao mesmo tempo sofisticação. Isto é intencional?
A simplicidade é intencional, busco sempre utilizar o mínimo de elementos gráficos para retratar minhas ideias, já a sofisticação foi consequência.
O contexto citadino e multifacetado de Salvador, a pluralidade de identidade e costumes da Bahia te servem de inspiração?
Eu respiro Salvador, a cidade onde nasci e que inspira todos os dias com sua diversidade. A Bahia não é diferente, cada canto do nosso estado tem um encanto diferente e plural que naturalmente eleva o nível cultural local. Ainda tenho muito o que aprender com esses locais e pessoas, são fontes ilimitadas de conhecimento, experiência e inspiração.