Sandra Mercês para Curiando o Rolé
Que tal ser a modelo da sua própria vida? O Brechó QuerUsar que atende a públicos diversos, localizado na Barra, inaugurou na sexta-feira (18), a Vitrine Viva, convidando mulheres de todas as idades para desfilar, dançar e até mesmo gravar vídeos na vitrine da loja de forma leve e descontraída. A inauguração contou com a ajuda da produtora de moda, Lu Pereira e o consultor e produtor de Moda Sustentável, Tom Salvatore.
Mostrando que não precisar ser blogueira ou modelo para apresentar as peças de uma loja, o projeto tem como objetivo empoderar e reforçar a diversidade das mulheres comuns. “A ideia surgiu com o intuito de transformar o que é estático na loja, que é a nossa vitrine e mostrar para as pessoas de fora a moda sustentável trazendo as pessoas ‘normais’ que somos nós”, explica Tatiana Jucá, dona da loja.
Cada uma das peças traz consigo recordações. “O brechó traz histórias nas peças e muitas delas conhecemos através das pessoas que chegam aqui na loja e nos contam a importância do momento em que usaram. Então na maioria das vezes conseguimos passar isso para os novos donos que são os clientes e a partir dali podemos ver que as peças vão contar novas histórias”, diz a proprietária do Brechó.
O fim de tarde descontraído também contou com a alegria contagiante do grupo Tropa das Empoderadas. “Nós somos um grupo de empoderamento feminino, que desmistifica a padronização do corpo feminino e intensifica a valorização da mulher crespa, lisa, black entre outras. A gente fala muito de sororidade, mas não vemos isso no dia a dia, então a gente tenta passar para as mulheres que nós somos modelos de nós mesmas”, afirma Sandra Panta, colaboradora do grupo.
E quem disse que acabou por aí? Além de brincar com os looks livremente, teve bolo com café, live no Instagram do @querusar, muita conversa feminina sobre moda, aceitação, e tudo que a mulher tem direito.
“Eu já frequento o Brechó há um tempo, e esse projeto veio pra mostrar que nós gordinhas também somos elegantes e sensuais. Aqui não existe limite de idade, estou me sentindo representada e acredito que estou representando muitas mulheres”, destaca dona Celina, cliente da loja.