Periférica, filha de empregada doméstica e porteiro, ela faz um cinema potente, que celebra a negritude brasileira com arrojo estético e sem abrir mão de referências cosmopolitas

Por Lia Hama, na TPM

Numa tarde de sábado no Méier, zona norte do Rio, Yasmin Thayná renasceu ao som de Nina Simone. Aos 18 anos, a garota que desde os 6 alisava o cabelo para fugir do bullying dos colegas decidiu parar com a química em seus fios. Yasmin pediu para uma amiga fazer um novo corte, assumindo as madeixas crespas. “Até hoje me emociono quando ouço Nina Simone porque foi a música que minha amiga colocou no momento da minha transição capilar. Naquele dia, pela primeira vez consegui me olhar no espelho e me sentir segura”, conta a cineasta e estudante de comunicação social da PUC-Rio, hoje com 23 anos.

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