Sextou no Pelô. Sol a pino, calor ardente de 31° na capital da Bahia.

Sobre um barril velho que servia de mesa, em frente a um dos endereços mais disputados do Centro Histórico de Salvador, o bar “O Cravinho”, um casal de turistas do Sul do Brasil tece um diálogo pitoresco com uma baiana de acarajé toda paramentada.

– Homem: Baiana, você também lê mão?

A mulher do turista ria curiosa, enquanto abocanhava uma garfada de moela ao molho – iguaria soteropolitana servida no bar.

– Baiana: Tá doido, é? Eu bato acarajé! É cada uma, rai ai.

E saiu resmungando, com cara de poucos amigos.